08 novembro, 2011

da libidez

da libidez


Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frémitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

@ Olavo Bilac em "Desejo"

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